A Cidade Sem Ruas


A sirene tocava de novo, continuamente e estridente, enquanto as portas fechavam e o Kurokawa 321 partia  lentamente da plataforma, ganhando velocidade aos poucos. Logo o trem se perdeu na escuridão dos túneis que serpenteavam sob uma Tokyo silenciosa. Era tarde da noite e havia poucos passageiros em cada um dos cinco vagões, perdidos em pensamentos ou nos seus celulares. Uma figura maltrapilha, vestindo uma jaqueta de couro surrada, se dirigiu para a frente do primeiro carro, suas mãos firmes nos bolsos. Ele abriu a porta da cabine do piloto e ouviu-se um disparo. Entre gritos e pessoas buscando se proteger, foi possível ouvir uma mulher chorando histericamente antes que o homem chega-se na cabine e pega-se o microfone para anunciar:

    "Senhoras e senhores do Kurokawa 321," ele falou calmamente, "esse trem foi sequestrado."  

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