Knock, Knock, Here is R.O.C.K

 

Depois de algumas missões pra guilda, Maa Gyver, Wa'ter, Lírio e Niala (uma medusa bucaneira/clériga de Oceano) se viram famosos o suficiente para conceder entrevistas para a Gazeta Yuvalinense. A esperança do feiticeiro é que isso talvez alcançasse alguém que conhecesse do seu passado, mas a goblin afugentou o repórter que estava bisbilhotando demais, Egbert Vahnz.

Um dia, o grupo foi chamado para os salões da Guilda de Mineradores pois lá aconteceria um evento, uma espécie de reunião de conselheiros e nobres da cidade. Thalia Heldret tinha realizado diversos avanços e reformas na cidade, expulsando os corruptos e reconstruindo áreas que até então eram desprezadas. Ainda assim, a inventora tinha o cargo de chefe-de-conselho interino, precisando ganhar as próximas eleições para ser efetivada. Assim, ter a ajuda dos heróis seria excelente para angariar votos.

Maa Gyver, apesar de tudo, causou boa impressão, mostrando sua tartaruga mecânica gigante, o Veloz. Logo Thalia chamou-os para sua sala pois tinha uma questão mais urgente: mineiros tinham desaparecido de uma mina abandonada anã que estavam investigando. Os rumores eram de que lá podia ser encontrado aço-rubi, um material que era forte contra as criaturas da Tormenta. Não só isso, também havia indícios que um artefato poderoso capaz de fazer equipamentos do aço-rubi (que é bastante instável) de forma segura também poderia estar lá.

- Não posso nem pensar se isso cair em mãos erradas! Preciso que vocês investiguem o local e recuperem o item se ele foi roubado. Capangas do Rodford ainda estão por aí tramando contra meu governo para voltarem a corromper a cidade... 

Com isso, e a promessa de tibares, o grupo partiu para o leste, numa região próxima às colinas e florestas do Vale Negro (a lenda é que um dragão vermelho vagava pela região queimando as construções e quem mais ficasse muito próximo de seu covil, mas isso fazia muito tempo). No meio do caminho, foram emboscados por um grupo de anões mercenários liderados por uma anã ruiva chamada Stroka. 

O combate foi feroz, mas graças principalmente às curas de Niala e os golpes certeiros de Wa'ter, o grupo rival foi derrotado. Os Vingadores de Caixas então pararam em um pequeno vilarejo e lá encontraram Elros e R.O.C.K. sua invenção, um golem de combate. Ambos haviam sido mandados por Thalia para a mesma missão que eles e logo Maa Gyver estava se dando com todos, o Veloz que não gostou muito de ser "trocado" pelo lutador.

Chegou a hora de explorar as minas, que o grupo não demorar muito a encontrar depois de alguma caminhada pelo Vale. Na entrada do local, Maa Gyver trocou a consciência do Veloz por uma versão menor e que cura (invento da Thalia) porque a tartaruga mecânica não iria caber nos corredores escuros. Logo de cara havia três passagens e o grupo decidiu ir pela direita, Elros iluminando com uma tocha.

Entre trilhos, carrinhos, algumas lanternas, estátuas de anões nas paredes, escombros e até um elevador (mas Niala verificou que precisava de uma chave), um mercenário e seu lobo treinado avistou o grupo a partir da chama da tocha que carregavam. Um outro mercenário se juntou ao combate mas foi facilmente derrotado, assim como o outro, que ainda conseguiu ferir Niala. O lobo conseguiu fugir por uma passagem, bastante machucado.

Depois de um tempo, Lírio encontrou um caminho em que podia ser avistada uma fogueira ao longe. Decidiram ir até lá ao invés de explorar outras galerias. Quando se aproximaram, foram recepcionados pela voz rouca mas profunda de um anão:

- Vocês são peões da Thalia, não? Sabia que apareceriam cedo ou tarde… Recebi muito dinheiro da Guilda dos Mineradores e não vou falhar. Agora, baixem suas armas e entreguem-se... Ou eu mato todos!

E eles não estavam brincando: na câmara havia quatro anões bem armados, um de armadura completa e portando um machado gigante que certamente era o líder, mas o pior é que diante deles três prisioneiros estavam prestes a serem executados. Mais três mineiros, dentre eles um anão e o lobo ferido rosnando também se encontravam na sala.

Talvez influenciado pelo grimório negro que tinha obtido de um necromante anteriormente, Lírio entrou na sala conjurando sono e isso fez com que os anões matassem aqueles três mineiros indefesos. A magia só colocou um dos mercenários para dormir e então a luta começou. Zhura, o chefe daquele bando, reconheceu a armadura que Wa'ter estava usando (meio desengonçado ainda) como da sua amada Stroka e focou nele o combate inteiro, o que deu espaço para o grupo derrubá-lo, junto com os demais.

A batalha foi feroz, no entanto, e acabaram usando muitos recursos. Os anões eram bastante resistentes, Zhura distribuindo golpes furiosos com seu machado de duas mãos e os outros auxiliando como podiam, mas no final, os prisioneiros sobreviventes estavam torcendo pelos heróis e as curas do pequeno Veloz e da Niala foram fundamentais para vencer. 

Logo o anão mineiro chamado Thrun se apresentou e contou como eles tinha vindo explorar aquelas minas, mas que então mercenários liderados por um tal de Jaren, que estava no segundo andar, os prenderam e fizeram trabalhar no garimpo para eles. Eles tinham visto um troll estranho também numa das redes de caverna lá embaixo e outras coisas mais estranhas.

Os mineiros não viram nem sinal do artefato e coletaram pouquíssimo aço-rubi, mas tudo indicava que poderia haver mais por ali. Agradecendo muito, eles foram embora, desejando sorte para os aventureiros. Mesmo desconfiada, Maa Gyver deu algumas moedas para eles antes de partirem. 

Continua...