Ordem no Tribunal!

 



Depois que Thalia falou algo sobre tentarem de novo, Maa Gyver destruiu a máquina do tempo e ameaçou jogar os pedaços num canal ali perto. Choramingando, a inventora rapidamente juntou os cacos, choramingando algo como:

- Você deveria entender! Nem sempre as coisas dão certo na primeira vez...

Ignorando ela, a goblin teve uma ideia e ofereceu para um dos guardas da guilda, atraídos logicamente pela confusão da taverna que tinha queimado, uma recompensa por qualquer notícia do Lírio. Logo, praticamente toda a milícia da cidade estariam atrás do arcanista.

- Uma grande ideia! Deixa que eu pago... Mas, infelizmente não temos muito mais tempos, devíamos já ter encontrado o Reynard no tribunal!

Wa já havia falado do mago Reynard, um Desafiador da Tormenta, que volta e meia passava por Yuvalin. Como um grande aventureiro, era claro que ele era um ídolo pro paladino, mas ter ele como juiz no tribunal não parecia muito o tipo de aventura emocionante que ele sonhava.

Numa antessala, encontraram Reynard que parecia amigo da Thalia e já ter ouvido falar dos feitos do grupo. No salão do tribunal em si, encontraram vários rostos conhecidos, além de uma multidão como plateia, guardas da guilda, goblins do lado do Rodford Vharim, os Dragões de Yuvalin e o Peter Vharim.

Reynard começa listando todos os crimes de que o chefe do Conselho da Guilda está sendo acusado, enquanto isso, bastante longe dali, Lírio era levado para fora da cidade. Com um capuz e agora com amarras mais firmes, ele parece notar que foram por túneis até o porto e de lá pegaram um barco para descer o rio. Após isso, foi jogado na parte de trás de um carroça, onde foi sacolejando por mais um bom tempo até pararem.

De volta ao tribunal, as primeiras testemunhas foram chamadas: o pessoal que o grupo tinha ajudado na caça ao necromante. A principal delas foi Sabrine, a garota salva, que emocionou a todos com sua história. Rodford tentou amenizar a situação dizendo que ele não tinha nada a ver com aquilo, mesmo quando mostrada uma carta do necromante com sua assinatura.

- Uma óbvia falsificação! Exigo uma perícia! 

O chefe bandido aproveitou para contra-atacar: chamou os goblins, que contaram como o grupo quase explodiram completamente o seu bairro. Maa Gyver acabou assumindo que fizeram isso, realmente, e foi como se o placar do tribunal ficasse empatado.

Enquanto isso, os homens que tinham levado Lírio até ali o jogaram no chão, logo depois arremessando um saco do que parecia ser dinheiro. Antes de partir gargalhando, disseram:

- Lembre-se, nunca mais volte para Yuvalin ou a gente corta suas asas!

Rapidamente, o aventureiro usou seus conhecimentos arcanos para conseguir sair dali. Mas não foi fácil usar suas magias estando todo preso, o que fez ele perder um bom tempo.

No tribunal, Penelope Pendragon testemunhou sobre os grandes feitos dos heróis salvando sua forja, a cidade de um frio enregelante e pessoas que tinham sido sequestrado por elementais do gelo descontrolado. Entre os resgatados estava Rafu, o qareen avantajado dono da Poções Promissoras, que foi a próxima testemunha. 

Ele falou como o grupo tinha, anteriormente, cuidado muito bem duma caçada por uma aranha gigante para obter um ingrediente para suas poções. A cada testemunha, Rodford rebatia, fazendo ilações sobre o grupo ou negando que ele tivesse qualquer relação.

Muito longe dali, Lírio finalmente estava livre e viu que estava na orla de uma floresta. Procurando a cidade, avistou com dificuldade a bastante quilômetros a cidade, com suas forjas sempre expelindo fumaça, as grandes linhas de trilhos e as fazendas ao seu redor. 

Decidiu ir num desses locais e quase foi expulso por um halfling avarento, que por fim só vendeu bem caro um cavalo que o jovem desesperadamente queria. As asas ainda não podiam levar Lírio muito rápido e por longas distâncias, mas aquele cavalo sim poderia ser a solução. 

O que não parecia ter solução era a situação no tribunal, pois a testemunha que trouxeram do ataque não queria falar nada dessa vez. O purista Igor Ratter era também um devoto agora mostrava sua lealdade com Rodford, dizendo que anteriormente tinha sido vítima de tortura. Como se não bastasse, alguns goblins que o grupo enfrentou na estrada também falaram que o grupo tinha usado de violência excessiva quando também havia os derrotado.

Um círculo anti-magia protegia o tribunal. Aquela era a forma, Reynard disse, de evitar manipulações que podem ser feitas durante um julgamento, por qualquer parte. Todos pareciam estar de mãos atadas. Thalia resolveu reunir o grupo para que eles pensassem numa estratégia agora, precisavam de um plano ou aquele maldito do Rodford escaparia!  

Se não fosse pelo fato que Lírio simplesmente voou com o cavalo, não literalmente, mas algo que divino aconteceu, mesmo ele tendo recusado uma ajuda de Khalmyr (para ele, os deuses só queriam manipular os mortais). A guarda não conseguiu segurá-lo e como um raio ele entrou montado no tribunal.


    
Continua...
                                                                                                                                                                        



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