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Mostrando postagens de junho, 2021

De Surya para Aysha

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Minha caríssima e saudosa Aysha,   Os boatos sobre Koridrim são verdadeiros. Seguindo rumo  à vila, não encontrei os heroicos piratas da liberdade que fazem a fama daquele porto, apenas asquerosos traficantes de escravos e achbuld; os quais, a propósito, foram levados à Justiça local, mais corrompida que um dragão numa joalheria. Que surpresa... Felizmente uma sacerdotisa de Marah foi interinamente instituída ao posto do tal Sir. A senhora Briene parece de fato bastante respeitada pelos cidadãos que tiveram o prazer de me conhecer, e tem sido de grande auxílio, com a hospitalidade de seu templo luxurioso. (Se ouvir algum boato sobre mim envolvendo um minotauro afoito, não acredite nele, as irmãs taverneiras da Cerveja da Sorte são incrivelmente fofoqueiras e nós estamos passando a noite em um verdadeiro santuário da fé, e nada menos respeitável que isso, como vê). Nós, digo, outros forasteiros semi-desocupados que aceitaram investigar o mistério dos sequestros: um anão injusta...

Hora de Voltar no Tempo

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  Precisando reunir todas as provas e testemunhas, Thalia estava desesperada que o Lírio havia sumido, e aparentemente outros do grupo também. Ela até tinha chamado ajuda de Wa'ter, outro aventureiro da guilda que já trabalhara com o grupo. Como refugiado da Guerra Artoniana, saber que puristas estavam envolvidos, inimigos de longa data, significava que aquela era como uma missão divina para ele. Um encontro que teve com um necromante, sequestrando pessoas do vilarejo, com apenas uma que conseguiu resgatar, chamada Sabrine. Os aldeões eram bastante agradecidos ao grupo, mas ainda tinham queixas sobre a guilda e isso só aumentava a vontade do paladino de acabar com quem estivesse causando isso. Thalia tinha uma ideia, pelo menos para buscar o Lírio. Rapidamente ela os levou para o subsolo da sua loja, a Minérios Maravilhosos. Lá, algo que ela chamou de "geringonça do tempo" estava sobre uma mesinha. Era parecido com uma grande ampulheta com uma espécie de planetário, rodas...

A Inacreditável Surya Carmesim

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  As primeiras memórias de Surya são de um galpão abandonado na Saída Leste de Valkaria onde as crianças sem lar se abrigavam nas noites de chuva: uma infiltração em forma de coelho, o cheiro de fumaça quando não encontravam lenha boa e seca, os buracos no telhado improvisado por onde o sol sempre arranjava um jeito de acordar quem dormisse demais. Entre esmolas, furtos e pequenos serviços, as crianças abandonadas, pivetes locais ou simplesmente órfãos sem passado só podiam contar com a própria esperteza e a eventual caridade de uns poucos religiosos e comerciantes locais. A maioria dos cidadãos era menos piedosa, porém, e não era raro que as crianças de rua, sem ter quem olhasse por si, fossem achacadas, perseguidas e coagidas, seja pela guarda da cidade, mercadores inescrupulosos ou bandidos locais – especialmente se tinham habilidades mágicas que fossem de alguma utilidade. Não se pode dizer que a vida fosse de todo ruim, apesar disso – alguns gatos nascem pobres; esses, porém, ...