O Reforjado
Depois da vitória no torneio, Quarion estava ferido demais e então retornaram para o templo de Alathia. Lá, Alexis começou a falar de profecias estranhas depois de ter falado com o sacerdote ancião. Os outros foram cobrar o resto do prêmio, já que o povo daquela cidade não parecia muito honesto (novidade!). Antes de partir, porém, Alpha perguntou ao velho:
- Você teria um livro, ou algo com o qual eu possa me tornar mais como um humano?
- Isso é algo que você não pode simplesmente aprender em livros. Antes, é preciso que você tenha fé. - foi a resposta.
Aquelas palavras pareciam mesmo crípticas, com o que viria a acontecer depois, assim como toda a conversa que estavam tendo sobre divindades caídas e a barreira que defende esse mundo de outros se enfraquecendo. De toda forma, eles ainda tinham muitos assuntos a resolver por ali antes de se preocuparem com batalha dos deuses.
Despertando de suas pensamentos, ao ouvir lá fora um homem anunciar que tinha uma mensagem para o governante e causar um estardalhaço, Alexis foi ver o que era. Era costume se apresentar na sede da guarda a cerca de qualquer questão do tipo, por isso o mensageiro foi guiado até o local, mesmo com relutância.
- Me chamo Zuri, tenho uma questão de suma importância, só o barão poderá ouvir, deixem-me passar!!
Enquanto isso, Alpha, Quarion e Aradel meditavam no templo. A última, claro, com impaciência e bastante má vontade, mas se conseguiam abrigo seguro de graça, ela aceitava, mesmo que reclamando.
Tempos depois, o resto do grupo se reuniu para saber sobre o tumulto e onde estaria Alexis, encontraram-no na prisão, junto do tal Zuri. Pelo jeito, haviam arranjado confusão ao não esperarem o capitão e reclamarem disso.
- Por que vocês estão sempre arranjando problemas?! - Era Aradel, irritada com tudo aquilo, para variar.
Felizmente, Quarion era um nobre de terras distantes e conseguiu convencer os dois a serem libertados. De lá, rumaram imediatamente para o castelo do barão onde Zuri cumpriu seu dever e informou:
- Venho de um monastério próximo de Gwardan. Ele e a cidade foram atacados por drows. Eu consegui fugir para trazer esse aviso.
Todos ficaram surpresos. Os elfos negros tinham conseguido invadir a costa leste, dominada por cidades estados e agora o Império poderia ter mais uma fronteira com que se preocupar naquela guerra.
Quem ficou mais abalado foi Quarion, afinal, Gwardan era de onde ele vinha. Mas sabia que seria loucura simplesmente rumar para lá, e ele tinha uma missão a ser cumprida. Virando-se para uma capitã (o barão não se mostrava em bom estado), falou:
- Tenho uma ideia. Os bandidos dessa cidade devem saber algo sobre Thorn e Deilala. Traga-os para que eu interrogue cada um.
E ele estava certo. Havia dois grandes suspeitos e os aventureiros foram levados ao encontro deles ali mesmo no castelo. No caminho, Alpha perguntou a Zuri o que ele faria agora e disse que seria bom mais alguém para ficar de olho em Alexis e evitar que ele entrasse em mais confusões.
O interrogatório de Calael e Samur foi rápido. O primeiro, aparentemente um mago, que teve as seguintes informações extraídas: eles faziam parte também de uma academia de magia e buscavam a pedra, então foram surpreendidos por Sharcos e Baltanas, os nomes verdadeiros dos bandidos. Além de extremamente mortais em combate, eles usavam magia para se disfarçar e podiam ser qualquer um.
Foi exatamente o que aconteceu naquele momento e dois dos "soldados" que estavam na sala com Calael, Aradel, Quarion e Alpha (Zuri e Alexis faziam as perguntas para Samur em outra cela), tomaram a verdadeira forma dos inimigos procurado. O forjado bélico foi atingido por uma magia poderosa e apenas a graça de Pelor o salvou. Agora ele retornaria como um ser tomado pela graça divina.
- Fargrin Stoneseeker
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