Teorias, Terrorismo e uma Nova Maldição
O guia a serviço do Cavalheiro nos levou até a Academia de Magia, nos fazendo entrar por uma porta dos fundos. Pelo jeito ele era um arcano também, especializado em magias de combate... E também tinha uma dívida como um Cavalheiro. Isso já esta se tornando um clichê.
Antes de sair, o guia nos deu duas opções: tentar adentrar a biblioteca geral e buscar lá sobre rituais, ou perguntar diretamente a um dos professores que costumavam ficar até tarde em meio aos seus estudos. O professor Arquimedes foi o mais recomendado, fomos lá bater em sua porta. A porta se abriu, aparentemente por magia, e no fundo dos aposentos encontramos um velhinho baixo coçando a barba enquanto examinava uns pergaminhos antigos.
- Pois não?
Quando ele se virou para a gente, parecia que ele tinha um radar mágico e sua atenção foi levada para as marcas de maldição que os meus dois companheiros carregavam. Ele parecia realmente interessado e o que se seguiu foi uma conversa sobre arcanismo da qual não entendi nem a metade, para ser sincero. Perdendo a paciência, desafiei a ele descobrir o que tinha na caixa que eu carregava (também gostaria de saber o que era afinal de contas).
- Dinheiro.
O velho não pareceu se importar muito com o caixa e continuou o seu lenga-lenga sobre magia. Por fim, ele deu a Alexis informações muito importantes na forma de um dos seus livros e nos instruiu sobre os princípios que regiam a contra-mágica.
Fomos embora porque chegava a hora da mudança de guarda na mansão e era nossa deixa para nos infiltrarmos. Chegando lá, notamos como a segurança era mesmo pesada, mas estava tudo arranjado. Só precisávamos ser rápidos.
Deixamos a caixa e o passo dois era sair dali sem sermos visto. Pelo jeito haveria uma grande reunião ali, pois a casa estava cheia de gente, mesmo naquela hora da manhã. Tão cheia que tivemos que tentar fugir indo primeiro pro segundo andar.
Lá encontramos a garotinha. Filha da juíza talvez? Ela nos viu e a magia do Alexis iria soar o alarme... Por fim, Aradel sugeriu um esconde-esconde e pulamos pela janela enquanto a jovem estava na contagem. Nos recuperando da queda e correndo, escutamos a primeira explosão.
O horror. Gritos. A mansão inteira pegando fogo. Nos olhávamos sem querer acreditar e ainda assim estava tudo acontecendo bem diante dos nossos olhos. Queria me entregar, voltar para salvar alguém, qualquer um. Mas o Cavalheiro tinha que pagar! Era só nisso que pensava agora.
ENQUANTO ISSO... ALGUNS HORAS ANTES, NÃO MUITO LONGE DALI...
"Não, não agora, eu estava tão perto..." o professor Pimrose lamentava e olhava para a porta a porta do seu laboratório. "Algo de importante deve ter acontecido. Ele não costumava vim. Não tinha motivo para ele estar ali..."
E ainda assim, um dos capangas mal-encarados abriu passagem para o Cavalheiro entrar. O cientista soltou um gemido baixo.
- Professor Pimrose! Então é aqui onde o meu dinheiro está... Sendo jogado no lixo?
A surra foi rápida, afinal o Professor não tinha lá muita resistência. Antes do último golpe, porém, o Cavalheiro, que estivera a todo momento inspecionando o local e se deteve um longo momento no humanóide metálico desacordado, virou a cabeça rapidamente após ver o braço do ser que estava solto do corpo, num suporte.
- Esperem! Talvez o nosso querido professor tenha uma utilidade afinal de contas.
Assim que pisamos o primeiro pé para os canais, antes que fosse impossível sairmos também por lá, foi possível ver a segunda explosão no centro da cidade. Dois elfos negros fugiam, um levando um pacote. E vinham em nossa direção!
- Fargrin Stoneseeker
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