Rumo à Capital


Depois de um tempo, os ânimos se acalmaram. Estávamos desfrutando um belo banquete na presença do príncipe, da princesa, alguns guardas e o sacerdote real. Depois de assistir a queima dos corpos daqueles que tinham morrido e dos zumbis, ter ajudado no que pude para melhor o estado que os sobreviventes se encontravam, estava faminto. Afinal, o corpo precisava de alimento para a mente tra-balhar sã.

O príncipe Artorius queria nos recompensar, por isso perguntou nossos nomes e o que estávamos fazendo ali exatamente. Kror começou com suas história desde o nascimento nas montanhas... O príncipe pediu que fôssemos breves e por fim descobrimos que o bárbaro queria mesmo era servir ao império e acabar com a raça dos drows.

Eu também queria acabar com os elfos negros, mas comecei me apresentando e falando da tragédia que acometeu minha família. Ao perguntar se já ouviram do Wargrin, Artorius falou que conhecia a história e que poderia juntar informações. Eu não podia acreditar! Finalmente uma pista mais concreta! Me seriam enviados pergaminhos o quanto antes com tudo o que tinha disponível. Com isso, eu me dava por satisfeito.

Mas havia a questão do beijo da morte que Alexis havia recebido! O sacerdote presente queria sacrificá-lo, a boa graça da princesa Isabela que evitou isso. Ele podia servir a Bahamut, mas eu não podia concordar... De toda forma, a próxima a falar era Aradel.

Ela queria dinheiro. Ah. Típico de elfos! E ainda falam dos anões. Logo em seguida foi o Alexis, ele contou que era um caçador de recompensa ou algo assim, bom, ainda acho que ele esconde algo. O que importa é que lhe foi dito para procurar alguma cura na biblioteca real e academia de magos na capital.

Alexis conseguiu uma permissão para pesquisar por lá livremente, Aradel ganhou uma boa quantia de dinheiro e Kror foi convocado a se alistar no exército. Eu? Eu iria receber as missivas de informações sobre o Wargrin, e estava bastante satisfeito com isso.

Mas a generosidade da princesa era bem maior! Assim que seu marido se retirou, ela pegou no seu próprio alforge um total de 250 moedas de platina e deu a todos nós. Aquilo viria bem a calhar. Agradeci e peguntei se não poderíamos fazer algo mais? Aparentemente não, pelo visto o príncipe não queria algum tipo de batalha direta. A estratégia é sempre uma boa escolha, mas não seria bom deixar os drows impunes.

Antes de partir, no entanto, a princesa selou a mordida que Alexis tinha recebido, retardando o efeito daquela coisa. Segundo ela, teríamos 7 dias mais ou menos antes que o humano se transformasse em um monstro, então não tínhamos tempo a perder.

Já fora da tenda real, lembrei das marcas que Aradel e Kror tinham nos seus corpos também. Era melhor que eles fossem também com Alexis obter o conhecimento de como retirá-las de vez. Principalmente o bárbaro, que tinha feito um pacto com o maldito Kalen. Se ele fosse ficar no exército, que ao menos fosse longe da família real, por segurança. A princesa sabia daquela situação, então acredito que ela estivesse preparada, mas ainda assim...

Bom, o Alexis foi diretamente aos arquivos do príncipe e eu Aradel também fomos para ajudá-lo. Não conseguindo autorização ("Apenas o humano tem permissão"), optei por ir comprar alguns equipamen-tos. O príncipe às vezes parecia querer atrapalhar que o ajudássemos! Era esse tipo de tratamento que recebíamos...

Fiquei surpreso quando encontrei um minotauro como ferreiro! Bom, o império tinha mesmo pessoas de todo tipo e a armadura que ele me vendeu para o Alexis (ele havia me dado o dinheiro antes) parecia de boa qualidade. A que eu queria comprar, no entanto, parecia muita mal feita, não compraria, ainda mais pelo preço que estava cobrando!

Um ferreiro anão, é isso que eu acho que todo lugar deveria ter! O mundo seria bem melhor, com toda certeza. Preferi ir comprar alguns outros itens com um halfling e encontrei Kror saindo do local, ele aparentemente estava se armando para caçar vampiros! Não vou dizer que ele estava errado e comprei alguns fogos alquímicos.

Não tendo chegado ainda o mensageiro com as informações que me foram prometidas, fiquei um tempo orando na capela dos deuses. Era um lugar pequeno, a tenda real tinha muito mais luxo, mas era o melhor que um lugar como aquele poderia oferecer.

Mais tarde, vi Kror passando machucado e com um olho roxo. Ele havia brigado com o minotauro! Com certeza aquele ferreiro de araque merecia uma lição, mas o bárbaro estava bêbado e não era preci-so ser adivinho para saber quem começou a briga. Falei para que ele fosse se deitar e parasse de fazer tolices. 

Fomos nos encontrar com Alexis e Aradel, num lugar mais afastado do acampamento. A pesquisa não tinha dado muitos resultados, o humano estava apensas com um livo debaixo do braço e a marca mais feia que o comum, mesmo com o selo. Ele havia sido informado que talvez nem os 7 dias teria, então falei para que tivesse pressa! Partiriam cedo no outro dia, enquanto eu esperava o que me havia sido prometido.

A mensagem só chegou na metade do dia seguinte. Eu mal podia acreditar, por Bahamut! Nunca havia estado tão perto! Aparentemente o Wargrin estava preso nas masmorras da capital! Imediatamente aluguei um cavalo, nem me incomodei com o preço, me despedi e parti rumo à capital.



 - Fargrin Stoneseeker

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