Sabia que sair de Waterdeep sem uma boa ideia de como descobrir sobre o paradeiro dos meus pais e minha trupe não era uma boa ideia, mas a proposta parecia bastante vantajosa. Estávamos bebendo mais uma vez na taverna e comemorando, afinal, depois da missão bem sucedida para aqueles clérigos, nós merecíamos. Foi então que aquele um homem elegante apareceu e gentilmente nos entregou a carta:
Ora, decidimos investigar. Mas ninguém parecia conhecer essa tal de Baróvia, mas nos foi dito que talvez a trupe de ciganos chamados de Vistani que estavam acampados fora da cidade saberia informar. Que felicidade encontrar pessoas tão parecidas com meu velho grupo! Claro que devíamos ir lá!
E minha impressão não estava errada! Fomos muito bem recebidos, da forma que só viajantes das estradas sabem como fazer. Muita comida e um vinho deveras doce que chegou a anuviar minha mente (o responsável deveria ser parabenizado por conseguir tal feito com essa anã aqui). Também me juntei a ele nas danças e músicas. Mas estranhamente eles não tinham nenhuma história sobre Baróvia (ou não queriam contar).
Também não havia pessoas mais jovens entre eles. Perguntando sobre tudo isso, eles foram bem evasivos, mas falaram "Baróvia não é um lugar a ser encontrado. Na hora certa, Baróvia encontrará vocês." Tudo muito estranho... eu queria ficar mais um pouco acordada mas o paladino Reynald disse que todos deveríamos descansar antes de seguir a viagem.
Ele estava certo e então me despedi dos Vistani, esperando encontrá-los no próximo dia. O vinho também tinha pesado e eu estava sonolenta. Ainda assim, não consegui dormir muito bem... Era como um mau presságio e também a ideia que fora exatamente assim, dormindo com minha trupe na beira da estrada, que perdi tudo uma vez... A noite fria, uivos de lobos ao longe e uma neblina fina subindo...
No outro dia, acordamos e não parecia que estávamos no mesmo lugar! As árvores e a vegetação pareciam como mortas, um frio sobrenatural tomava conta de tudo e o nuvens cinzas claras tomavam o céu. Era como se o próprio Sol tivesse medo de aparecer.
Os uivos dos lobos agora podia ser ouvido bem alto, não era bom ficar parado ali. Mais a frente, encontramos um enorme muro e portão que se abriu quando nos aproximamos. Ao passarmos, ele também se fechou, como se prenunciasse alguma coisa ruim para nós.
Sentimos o cheiro de morte em meio ao frio constante na espinha. Investigamos, encontramos o corpo de um homem todo rasgado por garras e mordidas. Os uivos dos lobos indicavam que eles se aproximavam. Entre os pertences do morto, uma outra carta:
Algo não cheirava bem ali, e não erá só o mensageiro morto. Um vampiro? Isso não parecia nada bom.
Entre os pertences do cadáver, havia ainda um mapa da região. Era Baróvia! A vila esta a poucos metros e na rápida olhada que dei também vi o nome Ravenloft. Não podia acreditar! Por Tymora, o que eu buscava finalmente tão próximo! Precisávamos ir já! Consegui me conter porque talvez enfrentássemos uma batalha ali contro o que quer que tivesse matado o mensageiro.
Fugindo da matilha de lobos que certamente estava próxima, chegamos no que seria o vilarejo de Baróvia. O local parecia completamente vazio, a não ser por duas criança chorando no meio de uma rua, uma menina mais velha e um garotinho.
"Onde estava todo mundo? Onde estão seus pais? Porque estão chorando." Choramingando, a menina falou que se chamavam Rose e Thorn (sugestivo...) e que não conheciam ninguém ali, mas que na casa deles havia um monstro, que ele estaria atacando seus pais no porão e que o irmão bebês deles tinha ficado no andar de cima.
Mas será que nada normal iria acontecer naquele dia? Decidimos explorar a casa e quase que eu perco minha cabeça na minha enorme curiosidade. Havia armaduras decorando a casa e justo uma por qual eu passava num andar acima resolveu tomar vida e me atacar com sua espada! Toquei uma música, me recuperando para me preparar para a batalha.
A armadura era extremamente resistente, mas conseguimos derrotá-la. Depois que ela caiu desmontada no chão, a casa continuava silenciosa, toda arrumada, mas um frio cortante começava a tomar o lugar...
Explorando um quarto à direita, encontramos uma outra aberração! Uma mulher, ou talvez tivesse sido uma um dia, estava próxima a um berço, como a ninar algo ali. "Não toquem na minha criança!" a fantasma disse com sua voz rasgante e nos atacou assim que o paladino correu para pegar o bebê.
Passando embrulho-bebê choramingando de um para o outro, conseguimos deter que o espectro a tomasse, mas a muito custo. Nofir e Ashe tentavam cercar a criatura de alguma forma, mas ela atravessa as paredes e berrava para devolvermos a criança. Os dardos da minha besta e a magia de Jack também passavam pela mulher, mas pareciam causar algum efeito, ainda que pouco.
Quase surdos e atordoados, conseguimos sobrepujá-la e ela sumiu com um último grito. Olhando os panos onde deveria estar a pequena criança, no entanto... não havia nada!
- Ramona Odgrin
Curioso, duas cartas com a mesma assinatura. Uma convidando-nos para Barovia outra avisando para manter distância. O que o fez mudar de ideia? Será que o autor era realmente o mesmo? Lembrem-se do que os Vistani nos falaram "nada é o que parece em Barovia", fiquem vigilantes.
ResponderExcluir- Siannodel, Reynald.